Especialista ensina como reconhecer um bom sorvete e evitar mais versões industrializadas
O sorvete é uma das sobremesas mais queridas do país e um mercado em plena expansão. Segundo dados da Abrasorvete, o consumo médio anual no Brasil é de 7,7 litros por pessoa. Outras pesquisas apontam volumes de até 9,1 litros por ano, considerando também os picolés. O formato em massa é o mais popular, representando 73,4% do mercado nacional.
Para o empresário Matheus Krauze, terceiro na geração da família de mestres sorveteiros e sócio-fundador da SOFT Ice Cream, uma das maiores redes de sorvete expresso do país, reconhecer um bom sorvete começa pelo olhar atento. “Um sorvete de qualidade é denso, cremoso e feito com ingredientes frescos. Já as versões industrializadas costumam abusar de corantes, conservantes e do ar, o que compromete o sabor, a textura e toda a experiência com a sobremesa”, afirma Krauze.
Em meio à imensa variedade de marcas e sabores, é fácil se confundir na hora da escolha. Mas calma! Existem sinais simples que ajudam a identificar um produto de qualidade. A seguir, sete dicas para reconhecer um sorvete de verdade:
- Cores naturais: tons suaves e opacos indicam uso de ingredientes reais. Pistache levemente esverdeado, limão quase branco e morango rosado são bons sinais. Cores vibrantes e fluorescentes denunciam corantes artificiais.
- Textura e consistência: o sorvete de qualidade é denso, mas não pesado. Enquanto o industrial pode conter até 90% de ar, o artesanal mantém entre 20% e 30%, garantindo cremosidade e sabor equilibrado. Cristais grandes de gelo indicam falha no armazenamento.
- Ingredientes frescos e sazonais: um bom sorvete reflete a estação — frutas no verão, castanhas no outono, chocolate no inverno. Sabores como “blue ice” e “chiclete” geralmente revelam bases artificiais e misturas prontas.
- Apresentação sem exageros: coberturas coloridas, balas e brilhos podem disfarçar ingredientes de baixa qualidade. Nas boas sorveterias, o destaque está no sabor, não no espetáculo visual.
- Temperatura ideal: sorvetes mantidos a temperaturas muito baixas (como -20 °C) perdem sabor. A faixa ideal, em torno de -12 °C, garante textura cremosa e melhor percepção dos aromas.
- Sabor e aroma autênticos: o gosto deve remeter ao ingrediente original. Pistache precisa lembrar pistache; limão, frescor cítrico. Sabores genéricos e adocicados indicam bases artificiais.
- Sensação após o consumo: um bom sorvete não deixa sede. O excesso de gordura vegetal e açúcar, comum nos industrializados, causa essa sensação. O artesanal é leve, refrescante e equilibrado.
“Esses detalhes fazem toda a diferença na experiência. Um sorvete de qualidade valoriza os ingredientes, respeita o processo e o paladar do consumidor. Assim como acontece com o vinho ou o azeite, há critérios claros para reconhecer um produto bem-feito — e aprender a percebê-los muda completamente a forma de saborear essa sobremesa tão querida”, finaliza Krauze.
Fundada em 2020, a SOFT Ice Cream é hoje uma das principais redes brasileiras de gelato artesanal, com unidades em Curitiba (PR), Ponta Grossa (PR), Londrina (PR), Guaratuba (PR), Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Ubatuba (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Goiânia (GO). Para saber mais sobre a SOFT e suas ações exclusivas, além de informações sobre o funcionamento das lojas, acesse o perfil oficial da rede no Instagram @soft.icecream.co ou o site www.softicecream.com.br