Gastrônoma explica a nostalgia que algumas comidas podem causar

Redação

Quem assistiu ao filme “Ratatouille”, da Disney/Pixar, lembra de como o exigente crítico da gastronomia reagiu ao provar a receita francesa e relembrar do prato preparado por sua mãe durante a infância. Esse tipo de lembrança é conhecido como culinária afetiva. Ela ativa a memória do seu paladar fazendo com que revisite momentos da sua vida por meio dos sabores das comidas. Pães, bolos e feijão são as comidas que facilmente remetem à nostalgia.

“Ao comer um bolo de fubá parecido com o da sua avó ou o feijão tropeiro que sua mãe preparava antes de você ir para escola, as lembranças do passado são acionadas. As comidas podem trazer memórias dos primeiros anos de vida, quando os hábitos alimentares começam a ser consolidados”, afirma Juliene Matias, gastrônoma e coordenadora de Gastronomia da UNINASSAU Digital.

A culinária afetiva merece uma atenção especial porque gera gatilhos emocionais. Para Juliene, a missão dos pratos é oferecer uma experiência confortável e prazerosa para a pessoa permanecer com o vínculo sentimental em relação à comida. “Quando degustamos, as memórias e a sensação de bem-estar que surgem estão ligadas a bons momentos com os familiares, amigos ou parceiros. Com as pessoas querendo experimentar essa ‘volta no tempo’, muito restaurantes apostaram no comfort food. Com a característica da culinária afetiva, ele é capaz de passar a sensação de conforto e nostalgia para o cliente”, conclui.

A gastrônoma revela que a comida caseira é a melhor opção para conseguir esse objetivo, já que resgata as lembranças das refeições realizadas em família. Porém, essa é uma tarefa difícil para os restaurantes, pois exige o máximo de capricho para fazer com que as receitas consigam trazer uma experiência memorável para as pessoas.

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