O delivery próprio vem ganhando cada vez mais espaço no mercado. Grandes e pequenas empresas têm apostado nessa frente para obter margem de lucro e reduzir a dependência de outras plataformas.
De acordo com um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), em parceria com a consultoria Galunion, o delivery dobrou a importância no faturamento das empresas. Passou de 18% em 2019, para 36% já em 2020.
Os serviços de terceiros para a entrega, como os aplicativos de marketplace, passaram de 71% para 78%, já o delivery próprio passou de 31% para 44% – registrando o maior crescimento.
A pesquisa diz ainda, que neste ano, o delivery foi adotado por 73% das redes de franquias de alimentação, seguido de take away (56%), grab’n’go (32%), drive-thru (23%) e vendas no varejo (20%).
Inclusive, o delivery próprio já responde por 23% do faturamento das unidades.
Caminho natural
“À medida que o mercado de delivery vem se tornando mais maduro, muito pela rápida digitalização dos restaurantes – ainda mais impulsionado pela pandemia – obter um canal exclusivo para venda acaba se tornando um caminho natural”, comenta Renato Almeida, CEO da Consumer.
O CEO da startup especializada em soluções para o setor food service, explica que os donos de restaurantes visualizam que ter um canal próprio, sem concorrentes e altas taxas de comissionamento, permite a eles mais lucratividade sobre os seus negócios. O que justifica o comportamento.
Aliás, a plataforma de delivery da Consumer, o MenuDino, sentiu esse movimento. Nos últimos seis meses, 20 mil restaurantes aderiram ao site e transacionaram mais de R$140 milhões de reais em pedidos.
Captador de novos clientes
“Muitos empreendedores direcionam o consumidor através de campanhas de marketing para seus próprios canais de vendas, diminuindo a dependência e altas comissões que pagavam. Esse é um feedback comum que recebemos dos restaurantes”, explica Almeida.
A situação se aplica, por exemplo, à ALS Franchising, holding detentoras das franquias: La Brasa Burguer, La Fruta Açaí e a FdeFrango.
Luis Demite é diretor de marketing e comunicação do grupo. Ele explica que todas as marcas estão presentes em marketplaces, mas a existência lá realmente funciona como um captador de novos consumidores.
“Nós sempre defendemos o site/app próprio, além dos aplicativos de entrega. Acontece que com um canal exclusivo, nós economizamos (por não pagar na comissão) e conseguimos ter acesso aos dados dos clientes. Com essas informações, nós fazemos campanhas e ações de fidelização, e o ‘trazemos’ de volta. É mais vantajoso”, explica Demite.
No mercado, os apps de delivery não compartilham os contatos dos seus usuários com os donos de restaurantes. No caso, o consumidor sabe de quem está comprando, mas o restaurante nunca sabe para quem está vendendo.
Independência
É claro que estar presente em marketplaces pode ajudar a gerar mais vendas, mas a grande sacada é não terceirizar totalmente as vendas para esses canais.
“Depender de apps de entrega, e não ser capaz de sustentar a operação sem eles é uma imensa desvantagem porque a qualquer momento o ranqueamento (que é determinada por inteligência artificial) nessas plataformas pode mudar e impactar as vendas negativamente. Muitos estabelecimentos gastronômicos fecharam as portas por conta dessa situação”, finaliza Renato.
Sobre a Consumer
A Consumer é uma empresa de São José do Rio Preto (SP), responsável pela criação do sistema “Programa Consumer”, cujo foco é voltado exclusivamente a bares e restaurantes, pizzarias e lanchonetes. Com 10 anos de desenvolvimento, o sistema possui mais de 100 mil instalações no Brasil e é a solução com maior número de integrações ao Ifood. Além disso, é líder nacional em soluções para o segmento food service e parceiro do SEBRAE no projeto “Alimentação Fora do Lar”, com palestras e treinamentos em todo o país. Em constante evolução, a Consumer busca sempre o que há de melhor para os seus clientes. Oferecendo uma solução completa, estável, simples de usar e com ótimo custo-benefício.
