Data é celebrada em 05 de outubro
Neste 5 de outubro, é celebrado o Dia do Empreendedor no Brasil, data que homenageia quem decide transformar ideias em negócios, gerar empregos e movimentar a economia. Mais do que um título, ser empreendedor é assumir riscos, enfrentar incertezas e buscar constantemente inovação e impacto. De acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil alcançou em 2024 a maior taxa de empreendedorismo dos últimos quatro anos: 33,4% da população adulta, o que representa cerca de 47 milhões de brasileiros envolvidos em alguma atividade empreendedora.
No Distrito Federal, o cenário também é promissor. Somente em 2023, mais de 8,200 novos microempreendedores individuais (MEIs) foram registrados, além de 7,600 empresas no Simples Nacional, números que consolidam o crescimento do setor na região. Hoje, o DF já reúne mais de 1,200 startups, um salto de 33% em apenas dois anos.
O empreendedorismo, porém, vai além dos números: ele carrega histórias pessoais de resiliência e visão de futuro. Em Brasília, dois exemplos inspiradores se destacam: Alexandre Geleia, do Grupo Geléia, e Victor Thomé, CEO do Yolo Club e sócio nos restaurantes Oscarito e Cerratto.
A trajetória de Alexandre começou no Gama, Região Administrativa do DF que ele chama de casa. Foi lá que inaugurou sua primeira lanchonete, o “Dog do Geléia”, em um momento difícil de sua vida. “O Gama é minha casa e foi a fonte de todo esse sucesso que é o Grupo Geléia hoje. É uma cidade efervescente, com muita gente do bem e com um potencial de mercado enorme. Eu estava em um momento difícil, mas com a primeira loja comecei a trilhar uma nova história”, conta o empresário.
Pouco tempo depois, abriu a hamburgueria e virou sensação por todo o quadradinho. O sucesso levou à expansão do Grupo Geléia, que hoje conta com mais de 15 operações no Distrito Federal, além de food trucks e novas marcas. “Hoje, além de ter construído a nossa com no Gama, também fomos um dos responsáveis por colocar a cidade entre os polos econômicos mais importantes do DF, já que muitos empresários viram que o lugar tem grande potencial de crescimento. Não é à toa que a região tem recebido muito investimento comercial nos últimos anos”, destaca Alexandre.
Já Victor Thomé carrega desde a infância uma energia criativa e inquieta. Formado em Relações Públicas, ele sempre buscou autonomia e inovação em seus projetos. Antes do YOLO, comandou uma indústria de alimentos que embalava e distribuía produtos para supermercados e padarias. Apesar do fechamento da empresa após cinco anos, Victor afirma que a experiência foi essencial para moldar sua visão: “Aprendi que existe uma linha tênue entre perseverança e teimosia e que, muitas vezes, é preciso pivotar ou encerrar um negócio para seguir em frente”, diz.
Quando decidiu fundar o YOLO Club, não tinha capital, mas tinha uma ideia forte e muita disposição. Começou do zero, batendo de porta em porta em busca de restaurantes parceiros. Hoje, a plataforma reúne mais de 300 estabelecimentos em Brasília, oferecendo benefícios e experiências gastronômicas para milhares de clientes.
Victor trouxe para o negócio sua própria personalidade: otimismo, leveza e espírito jovem. “Sempre quis autonomia: não me contento em seguir roteiros prontos. O empreendedor é quem desenha seu próprio mapa de conquistas”, afirma. Para ele, inovação é sinônimo de conexão constante com o mercado. “Inovação pra mim é estar vivo no negócio, ouvindo quem está do outro lado, o cliente, parceiro, equipe, e saber mudar quando o cenário exige”, destaca.
Empreender é transformar
As histórias de Alexandre Geleia e Victor Thomé reforçam que empreender não é apenas abrir empresas, mas sim transformar realidades, comunidades e pessoas. Seja em uma lanchonete ou em uma startup de benefícios gastronômicos, ambos mostram que coragem, criatividade e resiliência são ingredientes indispensáveis para trilhar esse caminho. “O maior desafio de empreender é não se deixar abalar pelas dificuldades do caminho. Já enfrentei momentos em que parecia impossível continuar, mas a cada obstáculo aprendi a me reinventar”, ressalta Alexandre. ““O empreendedor precisa lidar com incertezas todos os dias. A diferença está em transformar essas incertezas em oportunidade e aprendizado”, complementa Victor.
Os empresários deixam uma reflexão: o futuro econômico do país também depende da força, da ousadia e da visão desses homens e mulheres que fazem da iniciativa própria um motor de transformação social. “Conciliar visão de futuro com os problemas imediatos é um dos grandes desafios. É preciso ter disciplina para não se perder no caos e clareza para manter o time motivado”, enfatiza Victor. “Manter uma empresa de pé exige coragem diária. Você lida com altos e baixos, com decisões difíceis, mas aprende que a persistência é o verdadeiro combustível do sucesso”, conclui Alexandre.