informações incorretas sobre nutrição

Túlio Villafañe

Promessas de emagrecimento rápido, diminuição de gordura abdominal, suplementos que aumentam a massa muscular em um passe de mágica, shakes, shots, superalimentos e dietas milagrosas. A internet e as redes sociais estão recheadas de falsas notícias, facilmente compartilháveis e virais, sobre nutrição, alimentos e saúde que não têm nenhum embasamento ou comprovação científica.

Além disso, celebridades, blogueiras, coachs, influenciadores digitais e até mesmo profissionais despreparados que atuam fortemente na mídia social, postam tutoriais de emagrecimento fácil, dietas extremamente restritivas, jejuns prolongados, sem o menor preparo profissional e ético, ou respaldo da ciência.

A disseminação destes conteúdos nas redes sociais, internet e aplicativos de mensagens têm provocado terrorismo nutricional, prática de dietas extremamente prejudiciais à saúde, desenvolvimento de transtornos alimentares, além da falta de conhecimento sobre alimentação saudável por parte da população.

Exemplos clássicos

O glúten e os carboidratos, considerados vilões do emagrecimento. O glúten é uma proteína presente no trigo, na cevada e no centeio, nutrientes encontrados em alimentos como pães, torradas, massas e bolos e só deve ser excluída da alimentação de pessoas que têm intolerância a esse nutriente ou doença celíaca.

Já os carboidratos são considerados a maior fonte de energia para o nosso organismo e devem ser inseridos na alimentação da maior parte das pessoas. No entanto, é fundamental saber que existem vários tipos de carboidratos e que aqueles considerados mais simples, como o açúcar, devem ser consumidos com moderação.

Outros modismos como o consumo de água com limão em jejum para emagrecer, a retirada do leite e derivados por pessoas sem intolerância a lactose ou alergia a proteína do leite são extremamente comuns nas redes sociais e não têm fundamento científico.

Muitas vezes, essas informações são tão incorporadas pelas pessoas, que elas chegam aos consultórios de nutricionistas competentes e desconfiam de suas condutas nutricionais, atrapalhando o acompanhamento nutricional. Nas universidades, alunos ingressam nos cursos de Nutrição com diversos conceitos inadequados sobre nutrição e é um árduo trabalho convencer o aluno de que aquela informação não procede.

A Nutrição não é um modismo! É uma ciência séria e deve ser tratada como tal.

Na dúvida sobre assuntos veiculados nas redes, busque a origem das informações e confirme-as com nutricionistas qualificados.

Marcia Nacif é docente do curso de Nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, sócia fundadora da nutriON cursos e especialista em Nutrição Hospitalar.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está na 71a posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa Times Higher Education 2021, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Comemorando 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

1 comentário em “informações incorretas sobre nutrição”

  1. O glúten foi modificado geneticamente durante os anos. É uma proteína onde suas moléculas foram modificadas. O nosso corpo não sabe lidar com isso. Com o tempo vc pode adquirir doenças auto imunes, degenerativas mesmo não sendo celiacas. Não existe carboidratos essencial. Portanto conseguimos viver sem. Isso está provado cientificamente

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