O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, divulgou o Anuário da Cachaça 2019. Denominado “A Cachaça no Brasil”, trata-se de um dos principais levantamentos de dados oficiais do setor da Cachaça e da Aguardente dos últimos anos. A apresentação ocorreu durante evento, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro da Cachaça – IBRAC, no auditório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em Brasília.
O levantamento pontuou que o número de estabelecimentos produtores de Cachaça e Aguardente totaliza 1.397, distribuídos em 835 municípios diferentes, em 26 unidades da federação. Os produtores de cachaça e de aguardente representam 21,96% do total de 6.362 estabelecimentos produtores de bebidas alcoólicas e não alcoólicas registrados no MAPA, o que representa quase um quarto dos estabelecimentos produtores de bebida fiscalizados pelo Ministério. A concentração dos estabelecimentos é maior na região Sudeste, sendo o estado de Minas Gerais líder em quantidade de produtores.
[blockquote author=”Carlos Lima, Diretor Executivo do IBRAC” pull=”right”]”A cadeia produtiva da Cachaça é hoje responsável por empregar mais de 600 mil brasileiros.”[/blockquote]
De acordo com Carlos Lima, Diretor Executivo do IBRAC, o anuário representa um importante passo para o crescimento e o aprimoramento do setor no país, uma vez que, a base da construção de políticas públicas para o setor, é a existência de números oficiais e atualizados sobre o segmento. “A cadeia produtiva da Cachaça é hoje responsável por empregar mais de 600 mil brasileiros. Tendo em vista a produção distribuída em 26 unidades da federação e a quantidade de produtores registrados, esperamos obter um maior apoio do governo brasileiro para que o desenvolvimento da categoria possa se dar de maneira sustentável nos próximos anos, contribuindo ainda mais para a geração de emprego e renda no país”, frisa.
Angélica Salado, da Euromonitor International, que também participou do lançamento do anuário, com um balanço sobre o mercado de bebidas alcóolicas, afirma que, em meio a um cenário econômico ainda volátil, que resulta em instabilidade nas vendas, a cachaça segue sendo o destilado mais importante na cesta de bebidas dos brasileiros, embora outros destilados ganhem força, como o gim, por exemplo. “Embora os investimentos em novos produtos, focando em novas ocasiões de consumo, novos formatos de embalagem, diferentes canais e plataformas de preço tenham sido fundamentais para manter a cachaça competitiva até o momento, os cenários macroeconômico e regulatório ainda representam desafios para que a cachaça atinja o seu potencial de mercado no Brasil, mantendo não apenas o produto como líder da cesta de destilados, mas também fomentando o potencial da cadeia de produção brasileira de bebidas.”, completa.