Com a ameaça de uma crise de saúde pública que já começa a trazer impactos na economia e na vida financeira das empresas e dos trabalhadores, colocando em risco milhões de empregos, o Governo anunciou nesta segunda-feira uma série de medidas para injetar recursos no país. Medidas como a suspensão do pagamento da parte do Simples Nacional correspondente à União e o diferimento do pagamento do FGTS, ambos por três meses, além de crédito de R$ 5 bilhões para as micro e pequenas empresas, são vitórias do setor de bares e restaurantes.
Para Paulo Solmucci o impacto da crise do Covid-19 para bares e restaurantes está sendo muito difícil e precisa de apoio. O presidente-executivo da Abrasel apresenta sugestões baseadas em boas práticas de gestão da crise adotadas por outros países. As medidas mostram a sensibilidade do governo para com as demandas do nosso setor”,
Segundo Solmucci, a maioria absoluta das cidades no mundo manteve os estabelecimentos do setor de portas abertas, com ênfase na obediência das recomendações sanitárias a fim de evitar a contaminação. Já naqueles países em que a gestão do poder público foi malconduzida e respondeu com atraso à crise, é que medidas extremistas e muito danosas, como do fechamento compulsório desses estabelecimentos, foram adotadas.
“O setor de Alimentação Fora do Lar (AFL) sempre lidou com prevenção à contaminação, por meio da segurança dos alimentos. O que a gente precisa agregar agora é o cuidado com o consumidor, como a recomendação de afastamento das mesas vinda da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que já está sendo amplamente implementada no país. Nós não podemos quebrar essas empresas, que empregam hoje seis milhões de pessoas em todo o Brasil. É possível enfrentar essa crise com medidas de prevenção.”
Conheça as medidas:
- Manutenção de empregos e redução de impacto nas empresas (R$ 59,4 bilhões):
- Diferimento do prazo de pagamento do FGTS por 3 meses – impacto de R$30 bilhões;
- Diferimento da parte da União no Simples Nacional por 3 meses – estimativa de R$ 22,2 bilhões;
- Crédito do PROGER / FAT para Micro e Pequenas Empresas – projeção de R$ 5 bilhões;
Redução de 50% nas contribuições do Sistema S por 3 meses – impacto de R$2,2 bilhões; - Simplificação das exigências para contratação de crédito e dispensa de documentação (CND) para renegociação de crédito;
- Facilitar o desembaraço de insumos e matérias-primas industriais importadas antes do desembarque.