Vai um chocolatinho para alegrar?

Consumo pode desencadear a produção de serotonina, hormônio da felicidade, mas especialistas alertam para cuidados

Em momentos de tristeza ou de comemoração, é comum procurarmos por alimentos como forma de consolo ou recompensa, sendo um dos mais comuns o chocolate. Porém, nem todo chocolate é igual. Existem os chocolates ricos em cacau e com menos aditivos químicos e os chocolates com maiores concentrações de açúcares, conservantes, aromatizantes e corantes e, embora todos possam vir a produzir a sensação de bem-estar, a longo prazo os efeitos são bem diferentes.

Durante sua palestra no SER Longlife Learning, em São Paulo, o médico integrativo e especialista em Ayurveda, Ricardo Balsimelli explicou porque chocolates altamente industrializados não são benéficos. “Os chocolates com alta concentração de cacau são ricos em teobromina, uma substância que traz bem-estar, maior nível de energia e foco. Do outro lado, os chocolates carregados em açúcar liberam neurotransmissores no cérebro que geram essa sensação, mas, em um segundo momento, gera ansiedade e dependência”, afirma.

Chocolates altamente industrializados, ainda que gerem a sensação de bem-estar momentâneo, a longo prazo prejudicam a saúde mental. Segundo um estudo publicado na revista científica British Journal of Nutrition, aqueles que se alimentam com industrializados numa frequência de mais de três vezes por semana registraram níveis mais elevados de ansiedade, depressão e estresse. O médico integrativo ainda coloca que o vício em açúcar pode levar a problemas físicos, como processos inflamatórios e doenças crônicas.

Uma alternativa são os chocolates in natura: menos calóricos e mais nutritivos, uma vez que possuem menos corantes, aromatizantes e conservantes e um alto alto teor de cacau, eles auxiliam na produção a longo prazo de serotonina e outros neurotransmissores que proporcionam bem-estar, como dopamina e noradrenalina. Balsimelli alerta que a troca por esses chocolates, para quem está acostumado aos altamente processados, pode ser difícil no começo, já que eles são menos doces, mas é preciso manter a mente – e o paladar – aberto aos novos sabores.

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