Pesquisas do Ministério da Saúde comprovam que, com uma alimentação descuidada na fase da infância e adolescência, são grandes as chances de problemas de saúde e obesidade na fase adulta. Números da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) trouxeram que 7,8% dos adolescentes das escolas entre 13 e 17 anos estão obesos, sendo maior entre os meninos (8,3%) do que nas meninas (7,3%). Os dados também revelam que adolescentes com obesidade até os 19 anos têm quase 90% de chance de serem obesos na vida adulta. Os números foram divulgados em 2018.
Para ajudar as famílias, Letícia Caroline nutricionista do Colégio CIMAN lista algumas dicas de como montar a lancheira ideal, desde a seleção de alimentos e bebidas, até a higienização dos ingredientes e utensílios. São ideias que podem auxiliar pais e responsáveis a prepararem um lanche nutricionalmente rico para os pequenos.
A primeira recomendação é incluir uma porção de frutas, que pode ser variada durante a semana, e uma porção de carboidrato priorizando as opções integrais e uma fonte de proteína como queijo ou salgados assados com recheio de frango, por exemplo. Os bolos caseiros com frutas ou legumes, como a cenoura, também são excelentes opções, segundo a nutricionista. “Nada de lanches prontos como bolos industrializados ou biscoitos recheados”, alerta.
Sobre as bebidas, o melhor é optar por sucos naturais ou da polpa. “Estes tipos de sucos já são oferecidos em nossa cantina, uma vez que não permitimos refrigerante e outras bebidas não recomendadas na alimentação dos meninos. Não aconselhamos o suco de caixinha”, lembra a profissional que também supervisiona o cardápio da lanchonete da escola e as refeições do sistema integral.
As lancheiras térmicas são melhores opções para armazenar o lanche escolar. Já as vasilhas para colocar alimentos devem ser plásticas livres de BPA (Bisfenol A) – composto usado na fabricação de plásticos. “Segundo pesquisas, este item pode provocar câncer, puberdade precoce e outras doenças”, completa.
As orientações sobre a importância dos alimentos são reforçadas em aulas ministradas na escola. A profissional utiliza-se de linguagem lúdica para passar aos alunos a importância de cada alimento e suas funcionalidades. “Falamos dos poderes de cada item ingerido. A cenoura, por exemplo, dá “a super visão”. As frutas dão “o poder para brincar mais”, e por aí vai. “Eles aprendem o porque consumir cada coisa e o que vai lhes trazer na pratica para suas vidas”, orienta Letícia