A armadilha dos alimentos ultraprocessados

Redação

Está muito claro que existe algo errado com a alimentação ultraprocessada, pois as pessoas estão ficando cada dia mais doentes e mais viciadas em comer.

E não devemos ser ingênuos em acreditar que é o mero acaso da vida ou coincidência, pois já existem vários fatos que nos mostram como a indústria alimentícia e farmacêutica trabalham juntas para deixar a população cada dia mais doente e dependente deles, tudo isso para que eles tenham cada dia mais lucro.

O que as empresas produtoras de alimentos são capazes de fazer para esconder suas operações do público?

Michael Moss, um jornalista americano, pesquisou a fundo várias empresas de alimentos e se deparou com registros confidenciais que mostram com exatidão que a produção desses alimentos industrializados é deliberada e estratégica, por exemplo, para fazer um novo refrigerante que com certeza criará compulsão, é necessário recorrer aos sofisticados cálculos da análise de regressão e a gráficos complexos, chegando ao que os integrantes da indústria chamam de bliss point (ou “ponto de êxtase”) a quantidade exata de açúcar, gordura trans ou sal necessária para deixar os consumidores nas nuvens.

E aí, será que essa sua vontade louca por doces é realmente algo que faz parte de você ou seu cérebro já foi manipulado por uma indústria que visa apenas o lucro?

Cabe uma reflexão…

A busca da indústria por poder de atração é muito sofisticada e não deixa nada ao acaso. Algumas das maiores empresas do setor usa imagens cerebrais para estudar como nossos neurônios reagem a determinados alimentos especialmente ao açúcar, pois o cérebro é ativado na presença do açúcar da mesma forma que ocorre com a cocaína.

E acredite, a indústria alimentícia está usando todos os recursos disponíveis para te proporcionar esse prazer, não porque eles sejam bonzinhos, mas porque eles querem uma massa de pessoas querendo, precisando e desejando cada vez mais os seus produtos.

Não precisamos sequer comer açúcar para experimentar seu poder de atração. Basta comer pizza ou qualquer alimento com amido refinado, que o corpo transforma em açúcar, começando já na boca com uma enzima chamada amilase. Quanto mais depressa o amido é transformado em açúcar, mais rápido nosso cérebro recebe a recompensa, logo gostamos de coisas muito refinadas porque elas trazem prazer imediato, associado a altas concentrações de açúcar, porém é óbvio que há consequências.

E não duvide do poder que a indústria tem de oferecer prazer rápido e que terá sérias consequências para sua saúde a longo prazo.

Qual a solução?

Priorizar na rotina alimentar a comida de verdade, livre de açúcar, carboidratos refinados e aditivos químicos.

E aí, você quer continuar enriquecendo uma indústria que visa apenas o lucro ou redescobrir o prazer nos alimentos naturais? Pense bem…o preço a ser pago é a sua própria saúde e a da sua família.

Referências:

MOSS, Michael. Sal, Gordura, Açúcar. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015. 512 p.

Mônica Rocha

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