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Fermentação: a ciência e a arte por trás dos alimentos Probióticos

Túlio Villafañe

VEG

O aparelho digestivo humano, uma engenharia complexa e essencial do corpo, é encarregado da tarefa de processar alimentos, extrair nutrientes e auxiliar na eliminação de resíduos. Consumir alimentos que são facilmente digeridos torna-se crucial para uma absorção eficiente de nutrientes pelo nosso corpo. Uma maneira de contribuir para a digestão é através da ingestão de alimentos vegetais fermentados, que oferecem uma rica fonte de microorganismos benéficos, promovendo a decomposição de alimentos e mantendo a saúde do trato digestivo.

A preparação de alimentos vegetais fermentados ocorre através do trabalho de certas bactérias, leveduras e outros microorganismos que transformam os açúcares e amidos presentes nos alimentos em ácido lático ou álcool. Este interessante processo resulta na formação de probióticos, que são bactérias amigáveis ao microbioma intestinal. Os probióticos têm a capacidade de melhorar a digestão, facilitando a quebra de proteínas e gorduras, inibindo bactérias prejudiciais, melhorando a regularidade intestinal e reduzindo a inflamação no trato digestivo.

A adição de alimentos vegetais fermentados à dieta é um método simples e eficaz para melhorar a digestão. Alimentos como chucrute, kimchi e miso estão entre as escolhas mais populares, mas existe uma variedade de outros produtos, incluindo kefir, tempeh, kvass de beterraba e picles. Cada um destes alimentos oferece sabores e texturas únicas, além de contribuir com benefícios probióticos para o microbioma intestinal.

A introdução de alimentos vegetais fermentados na dieta deve ser gradual, permitindo que o corpo se adapte a eles conforme necessário. É de vital importância escolher produtos de alta qualidade provenientes de fontes confiáveis, pois produtos de qualidade inferior podem não conter quantidade suficiente de microorganismos benéficos devido a práticas inadequadas de fermentação ou condições de armazenamento inadequadas. O consumo excessivo destes produtos pode resultar em desconforto estomacal ou outros sintomas gastrointestinais, o que torna importante monitorar a ingestão destes alimentos.

De forma geral, alimentos vegetais fermentados podem ser um excelente adicional para aqueles que desejam melhorar a digestão. Eles fornecem microrganismos benéficos que auxiliam na digestão, além de proporcionar sabores e texturas únicos. O consumo regular de uma variedade de alimentos fermentados tradicionais, como chucrute, kimchi e miso, mantendo a qualidade como prioridade, pode maximizar os benefícios dos probióticos, enquanto proporciona a experiência de refeições deliciosas todos os dias!

Quais vegetais podem ser fermentados?


Você sabia que existe uma variedade de vegetais que podem passar pelo processo de fermentação? Esta é uma forma eficaz de conservá-los e até mesmo de intensificar o seu sabor. Entre os vegetais que podem ser fermentados estão os pepinos, cenouras, cebolas, pimentões e repolho.

Os pepinos são um dos favoritos quando se trata de fermentação. Podem ser transformados em conservas, curados em salmoura ou até mesmo mantidos inteiros, sendo imersos em misturas de ervas e especiarias que proporcionam sabores distintos. Para fermentar os pepinos, são comumente usados ingredientes como alho, açúcar, vinagre, endro, folhas de louro, bagas de pimenta da Jamaica, sementes de coentro, vagens de cardamomo, pimenta preta, entre outras especiarias. Depois de preparados, os pepinos fermentados são armazenados em recipientes de vidro ou herméticos por algumas semanas ou meses até que o sabor desejado seja alcançado.

As cenouras também são bastante apreciadas para a fermentação. O processo para as cenouras normalmente envolve cortá-las em tiras ou cubos pequenos e, em seguida, deixá-las de molho em uma solução salina por um dia a algumas semanas. Esta solução é composta por água salgada e uma mistura de especiarias, incluindo pimenta preta, semente de coentro, cominho e açafrão. Quanto mais tempo as cenouras permanecerem nessa solução, mais saborosas se tornarão, à medida que o processo de fermentação ocorre.

As cebolas são também um excelente alimento para fermentar, devido ao seu alto teor de açúcar, que impulsiona o crescimento bacteriano durante a fermentação. O processo de fermentação das cebolas envolve cortá-las e mergulhá-las em uma solução de salmoura durante alguns dias a duas semanas, dependendo do sabor desejado.

Pimentas também podem ser fermentadas, proporcionando uma variedade de sabores que variam de picantes a suaves. Elas podem ser consumidas cruas, sozinhas ou adicionadas a saladas ou sanduíches como condimento. As pimentas são geralmente cortadas em tiras antes de serem imersas em uma solução de salmoura similar à usada para cebolas, porém com a adição de especiarias aromáticas.

O repolho, devido ao seu alto teor de vitamina C, também é um excelente candidato para a fermentação. O chucrute, por exemplo, é feito ao se cortar as folhas de repolho fresco e imergi-las em uma solução de água salgada. Depois, a mistura é colocada em frascos de vidro limpos e bem compactada, antes de ser armazenada em lugares escuros, como despensas ou armários. Depois de algumas semanas, o repolho se transforma em um delicioso chucrute, que pode ser consumido frio, diretamente do pote, ou aquecido e servido com carnes, peixes, pratos de arroz e outras refeições.

Um Guia para Transformar Vegetais

A fermentação de vegetais é uma tradição antiga que serve tanto para a preservação de alimentos quanto para aprimorar sabores. Este processo simples e econômico eleva os vegetais a novos patamares de sabor e aumenta sua durabilidade.

Fermentar vegetais é um processo que envolve a imersão de um vegetal em água salgada. Este ambiente salino incentiva o crescimento de bactérias do ácido láctico (BAL), que produzem ácido lático, uma substância que serve para conservar os vegetais ao criar um ambiente ácido, o qual impede o crescimento de outros microorganismos. Este ácido láctico também fornece o sabor caracteristicamente marcante dos alimentos fermentados.

Para fermentar vegetais, primeiramente, é fundamental selecionar produtos frescos e sem danos, pois lesões podem acelerar o processo de deterioração. Após a escolha do vegetal, é necessário limpar bem, utilizando água corrente fria e um pano ou escova, se necessário.

Após a limpeza, o vegetal deve ser cortado em pequenos pedaços e disposto em um recipiente onde será adicionada a água em temperatura ambiente e o sal. Para assegurar que todos os pedaços sejam envolvidos pela salmoura, é recomendado agitar o recipiente ocasionalmente durante este passo.

Com os vegetais preparados, o processo de fermentação pode começar. Os vegetais devem ser cobertos com uma tampa ou gaze que impeça a entrada de oxigênio, mas permita que o dióxido de carbono escape. O recipiente deve ser colocado em um local escuro e quente (idealmente entre 18-24°C) por um período de 1-3 semanas, até que se desenvolva o sabor desejado.

Durante este tempo, é essencial monitorar a fermentação. Se houver formação de mofo nos vegetais, eles devem ser descartados imediatamente, pois isto indica deterioração devido a condições inadequadas de armazenamento ou contaminação. Durante a fermentação, os açúcares naturais são convertidos em ácido láctico pelas BALs, o que resulta em um sabor peculiar e prolonga a durabilidade dos vegetais.

Ao final da fermentação, os vegetais devem ser armazenados em um local fresco e escuro, como um armário ou despensa, onde poderão ser conservados por até seis meses, dependendo da quantidade de sal utilizada e da vedação do recipiente.

Embora a fermentação possa parecer um processo simples, é necessário ter cuidado, principalmente com a preparação dos vegetais. Alguns tipos de vegetais (como o repolho) podem exigir etapas adicionais, como a fervura antes do consumo. Assegurar-se de seguir as instruções específicas para cada tipo de vegetal fermentado é essencial para a segurança alimentar.

A fermentação não só acrescenta sabores complexos aos vegetais, como também aumenta seu valor nutricional. As bactérias benéficas, como Lactobacillus, se acumulam durante a fermentação, resultando em aumento dos níveis de vitaminas B e desenvolvendo uma diversidade de sabores. Estudos ainda apontam que os vegetais fermentados oferecem uma série de benefícios à saúde, como aumento de probióticos e de fibras dietéticas prebióticas. Além disso, a fermentação é uma prática sustentável, já que prolonga a vida útil dos alimentos, contribuindo para a redução do desperdício.

1 comentário em “Fermentação: a ciência e a arte por trás dos alimentos Probióticos”

  1. Pedregulho-SP 18 fevereiro 2023
    Aposentado da segurança Pública do Estado de São Paulo
    Vanderlei Severiano
    Assunto: fungos deixando o substrato com enzima gás carbônico e álcool.

    Comunico a talheres.com.br juntamente com seus colaboradores que minha família aqui no estado do interior de São Paulo Norte do Estado cidade de Pedregulho São Paulo em 2018 fizemos o primeiro fermento de café, com os ingredientes 50 g de açúcar 50 g de farinha de trigo e 50 ml do café restante de uma garrafa para ficar mais compreendido.
    Depois passamos a elaborar frutas colocadas em um recipiente de vidro de palmito grande onde algumas frutas permanecem entre 12 a 72 horas. Inicia na parte da tarde no outro dia de manhã verifica se os fungos já se alimentaram e precisa de mais açúcar provavelmente 50 a 100 g. A frasco que as famílias dos fungos não aumentaram seus indivíduos, esses não são necessário colocar açúcar que já estão doce.
    Por derradeiro hoje fazemos do suco da pitaya onde se aproveita a casca para o suco a massa da pitaya para o suco e posterior coado aproveita a massa para quitandas eu subo para ser ingerido como probiótico uma xícara em seguida bebendo água para que as moléculas H2O possam ser quebradas melhorando o metabolismo das células.
    Atenciosamente
    Vanderlei Severiano

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