Impactos do COVID-19 à Cadeia de Foodservice

Impactos do COVID-19 à Cadeia de Foodservice

Desde o dia 13 de março de 2020 os elos da Cadeia de Foodservice se Transformam, Reinventam e Resistem aos impactos gerados pelo COVID-19, nesse artigo busco organizar o entendimento da GS&Libbra ao cenário posto, além de analisar as perspectivas.

A indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou um crescimento de 6,7% em faturamento no ano de 2019, em relação a 2018, atingindo R$ 699,9 bilhões, somadas exportações e vendas para o mercado interno, representando 9,6% do PIB, segundo a pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) divulgada em fevereiro de 2020.

A migração do consumo dos canais de alimentação fora do lar (bares, restaurantes, padarias, etc) presencial para delivery, viagem ou preparo de refeições em casa certamente não será suficiente para mitigar as possíveis perdas à indústria de alimentos e especialmente bebidas no mercado brasileiro, porém, segundo apurado junto ao Canal Rural as exportações não foram paralisadas em nenhum dos mercados atendidos pelos Brasil até o momento.

As restrições são para circulação de pessoas e não de mercadorias. Assim: Ásia, Estados Unidos, União Europeia e Arábia Saudita seguem sendo abastecidas pelo Brasil. Portanto, é fundamental apoiar e assistir os trabalhadores do agronegócio e da indústria brasileira de alimentos e bebidas. Só para a China, principal parceiro comercial do Brasil, as carnes: bovina, ave (frango) e suína estão entre os top 10 produtos exportados.

Historicamente o crescimento da alimentação fora do lar gerava redução gradual ao consumo de itens de mercearia, com a crise só no final de semana de 14 de março a Associação Paulista de Supermercados (APAS) divulgou um crescimento da venda total de 34%, não exclusivamente de itens de mercearia, mas geral, certamente atrelada à estocagem de itens pelos consumidores.

Um elo que nos últimos dias buscou ainda mais eficiência foram os Distribuidores (Secos e Cadeia de Frio), Cash & Carry e Atacadistas que além de tentar amplificar (para quem já operava) sua atuação na venda direta ao consumidor em loja ou delivery, intensificou a venda aos pequenos mercados, lojas de conveniência e manutenção aos clientes que mantiveram suas operações em sistema delivery ou para viagem. Porém, também temem o efeito da paralisação de bares e restaurantes e buscam pleito junto ao governo já que ainda não é possível saber por quanto tempo será a paralisação.

Toda expertise logística e de gestão de riscos também será fundamental para garantir a sobrevivência de outro setor importante na alimentação das famílias brasileiras que é o de pequenos produtores oriundos da agricultura familiar a qual irriga os Centros de Abastecimento (CEASA, CAGE, etc). É importante nos manter vigilantes a eles e atitudes como fechamento de estradas e rodovias prejudicam.

Mas a grande dor do setor está entre os operadores. Do total de estabelecimentos dedicados a alimentação fora do lar, temos a seguinte distribuição de tráfego no mercado brasileiro:

 

 

 

Deixe um comentário