3 Talheres - Gastronomia na Capital

Máquina do tempo: o sorvete americano

Michel Toronaga

Podem ainda não ter inventado uma máquina do tempo, mas é possível voltar vários anos ao experimentar sabores marcantes do passado. E um exemplo claro disso é quando se tem a sorte de encontrar alguém que ainda faça o sorvete americano. A geração mais nova pode se confundir com o nome. Não é nenhuma franquia norte-americana e sim um tipo de sorvete bem mais simples e que, antigamente, era muito popular nas ruas.

Hoje em dia é muito comum achar máquinas que fazem sorvetes na hora, mas o assunto aqui é outra coisa. As populares possuem praticamente os mesmos sabores: baunilha, chocolate ou mista. A máquina que marcou a infância de muitas pessoas, entretanto, é uma relíquia. Com um gostinho de nostalgia, ela já encanta pela aparência, pois mostra uma infinidade de sabores coloridos. Cada cor representa um sabor, que poderia ser tutti-frutti, groselha, uva, maçã verde etc. Vale ressaltar que o sabor é bem suave, o que pode ser frustrante para os desavisados.

sorvete americano

O cliente escolhe o gosto que deseja e vê o sorvete sendo feito na hora. Não é algo rápido como nas máquinas atuais. É um processo mais demorado e que exige paciência. Mas vale a pena esperar e suportar o barulho produzido pela máquina. O sorvete não sai com um formato bonitinho e é comum também que ele já comece com a cor e gosto que o cliente anterior pediu! Tudo isso faz parte das coisas que lembram a infância.

A casquinha usada geralmente era aquela bem simples, que hoje só se encontra em distribuidoras de doces com maria-mole dentro. É uma casquinha bem leve e que tem aspecto de isopor. Em Brasília, já nos anos 2000, era possível degustar esse sorvete no Guará e na Feira dos Importados, mas agora é uma raridade. Dizem que existe em algum ponto do Parque da Cidade, mas é preciso confirmar essa informação. Em outros estados é possível encontrar, como em Cascavel, no Paraná.

Quem tomava na infância o significado do sorvete americano. Era um tanto simples e delicado, de uma época bem diferente. É injusto compará-lo com o que pode ser encontrado hoje. O que faz o sorvete americano ser uma experiência imperdível não é o gosto em si, mas a capacidade de fazer com que se reviva um período distante.


Agradecimentos especiais ao fotógrafo Cassio Crow por ceder a imagem principal que ilustra este texto.

16 thoughts on “Máquina do tempo: o sorvete americano”

  1. Olá,
    Meu nome é Sídnei Convento de Moura Filho, moro em Itaporanga SP e depois de muito tempo procurando, consegui comprar uma máquina de sorvete americano da Gelopar. Estou vendendo o sorvete americano em frente a minha casa.
    Coloquei o nome de SORVETE DOCE INFÂNCIA.
    É muito gratificante ver pessoas de 40, 50, 60, anos revivendo os áureos tempos desse maravilhoso sorvete e o melhor, trazendo seus filhos, sobrinhos e netos para conhecerem.
    É muito gratificante ver o encantamento e o sorriso das crianças quando recebem o sorvete feito na hora, na frente delas.
    É muito gostoso ver os pais com os olhos marejados pela nostalgia DOCE dos tempos passados.
    SORVETES DOCE INFÂNCIA DE ITAPORANGA!
    VENHA SER CRIANÇA COM A GENTE!

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  2. Tenho uma máquina dessa, vendo o sorvete no portão de casa que fica em frente ao parque Ecológico do Stª Clara em Hortolândia.
    A maioria dos clientes é de pessoas maduras que lembra sua infância ao saborear o sorvete. Sorvete Americano SAUDADE DA INFÂNCIA

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  3. Como faço pra comprar essa maquina de sorvete das garrafinhas.qual o preço e forma de pagamento

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